segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Após habeas corpus, filha de ex-ministro do TSE deixa prisão

Adriana Villela, filha do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, deixou a prisão no fim da tarde desta sexta-feira na companhia de seu advogado, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ela é acusada de matar os pais.
Adriana foi presa na quinta-feira (27) em Ipanema (zona sul do Rio) e transferida para um presídio em Brasília. A liberdade foi dada pelo desembargador do TJDF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), George Lopes Leite. De acordo com o tribunal, o pedido de habeas corpus foi apresentado no começo da madrugada desta sexta e julgado pelo desembargador do plantão. O mérito da decisão ainda será julgado.
O ex-ministro e a mulher -- Maria Carvalho, 69-- foram assassinados a facadas em 2009, no apartamento em que moravam, na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Também foi morta a empregada da família, Francisca da Silva, 58.
Adriana foi presa a pedido do a pedido do Ministério Público do Distrito Federal. A Procuradoria afirma que a prisão preventiva foi solicitada "em decorrência das inúmeras injunções que estavam prejudicando a elucidação do crime da 113 sul e para garantir a normal instrução do feito".
Desde o crime, diversos culpados pelos crimes foram apontados pela polícia, numa investigação com idas e vindas, brigas internas na corporação e até a queda de uma delegada, pela suspeita de uma prova plantada.
Em agosto passado, Adriana e outras quatro pessoas foram presas sob a alegação de estarem atrapalhando as investigações. Em setembro, a filha do casal foi denunciada pelo Ministério Público pela participação nos assassinatos, denúncia acatada pela Justiça. Chegou a passar quase três semanas na prisão. Em novembro a polícia reabriu o caso.
Na ocasião, Leonardo Campos Alves, ex-zelador do prédio dos Villela, afirmou em frente às câmeras ter cometido o triplo homicídio para roubar e por medo de ser reconhecido. Dias depois, Alves mudou radicalmente o depoimento e envolveu Adriana como mandante dos crimes.
Ontem, Adriana foi presa no Rio, onde estava de férias. Segundo Rodrigo Alencastro, advogado da filha dos Villela, o juiz havia sido comunicado da viagem, e julgou conveniente a prisão para a fase de instrução do processo e para a garantia da ordem pública.
O advogado diz que o juiz, em sua decisão, fez referência às alegações passadas de obstrução das investigações, mas não apresentou nenhum fato novo.
Fonte: Folha de São Paulo
28/01

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