domingo, 13 de fevereiro de 2011

Mabel confirma candidatura à Câmara e diz que prefere “morrer em pé”

Candidato avulso à presidência da Câmara, o deputado Sandro Mabel (PR-GO) confirmou hoje (31) que continua na disputa mesmo com as ameaças de expulsão de seu partido. A eleição está marcada para amanhã (1º) à noite e, mesmo com o anúncio de sua candidatura, Mabel ainda não fez o registro oficial na Secretaria-Geral da Mesa.
“Minha candidatura está mantida. Prefiro morrer em pé do que viver acorrentado agachado. É uma disputa que vai até o fim”, disse. Ele acrescentou que não trabalha “com a eventualidade” da presidenta Dilma Rousseff pedir que desista da disputa.
Mabel tem a independência como uma das plataformas de sua campanha. Mas, esclarece que não é a independência em relação à oposição na Casa, mas sim, nas questões do Legislativo. “Vamos ajudar – e muito – a presidenta. Mas, nas questões aqui da Câmara, vamos pedir para que não se mexam nas emendas individuais, por exemplo”, comentou.
Ainda em defesa das emendas individuais de parlamentares ao Orçamento, Mabel entregou hoje no Palácio do Planalto uma carta à presidenta Dilma Rousseff. "As emendas são o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] da Câmara dos Deputados. É com esses recursos que são atendidos municípios pequenos e longíncuos", diz na carta. Ele pediu também a manutenção das emendas sem cortes. Prometeu, ainda, se eleito, a aprovação de um projeto que torne impositiva as emendas individuais.
O atual presidente da Casa e candidato com o apoio de 21 dos 22 partidos, o deputado Marco Maia (PT-RS), disse que, no momento, não está preocupado com o relacionamento com o Executivo. “Sou um candidato independente e autônomo. O relacionamento com o Executivo será feito à luz dos consensos discutidos pelos partidos e deputados desta Casa”, comentou.
A eleição está marcada para amanhã à tarde na Câmara. Serão escolhidos, além do presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários, que integram a Mesa Diretora. Quatro suplentes de secretários também serão escolhidos. A disputa pelos cargos é feita com base na proporcionalidade dos partidos na Casa.
Fonte: Agência da Câmara
31/01

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