domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cota Parlamentar: Suplentes gastam com autopromoção

Os suplentes paranaenses Iris Simões (PR) e Flávio Antunes (PSDB) destinaram verba para divulgar suas atividades políticas durante mês de recesso na Câmara.
Dois dos quatro "deputados de verão" paranaenses, aqueles que assumiram em janeiro as vagas de parlamentares que deixaram os cargos para ocupar outras funções no governo estadual e federal, efetuaram gastos elevados da verba de custeio de atividade parlamentar para fazer propagandas pessoais.
Durante o mês em que esteve na vaga de Luiz Carlos Hauly, nomeado secretário de Estado da Fazenda, o deputado Iris Simões (PR) consumiu R$ 12 mil em "verba de divulgação da atividade parlamentar". Todo esse recurso foi destinado ao jornal "Folha Curiti¬bana", um tabloide de periodicidade mensal distribuído gratuitamente no centro de Curitiba.
A publicação mantém um blog na internet, em cujo perfil afirma que sua "principal função é informar e contribuir no socialismo". No blog, porém, não há nenhuma notícia sobre a atividade parlamentar de Simões neste mês - o que é incoerente com a finalidade da rubrica da cota parlamentar. Por outro lado, em janeiro não houve atividade na Câmara.
O deputado Flávio Antunes (PSDB), que remunerou em R$ 5 mil o jornal de Paranavaí "Diário do Noroeste", região onde mantém sua base política. A reportagem não conseguiu contato com ele. Segundo informou a assessoria de imprensa do político ao jornal Folha de São Paulo, com a verba o tabloide destacou um repórter para cobrir e divulgar notícias diárias sobre as atividades de Antunes. Além disso, o deputado usou mais R$ 2,2 mil para custear serviços de vídeo e áudio, publicidade estática e consultoria.
Outros dois congressistas com mandatos breves tiveram gastos mais modestos. Luciano Pizzatto (DEM), que foi nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB) diretor presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagás) - função que assumirá esta semana -, gastou apenas R$ 316,55 em ligações telefônicas.
Já Airton Roveda (PR), que entrou na vaga de Cássio Taniguchi (DEM), atual secretário estadual do Planejamento, usou R$ 535,37 para enviar quatro correspondências via sedex para o exterior.
Fonte: Gazeta do Povo
31/01

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