quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sarney nega acordo para eleição à presidência do Senado

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota nesta quarta-feira para negar que tenha feito acordo com membros do governo federal em torno da eleição para a presidência da Casa.
Pelo acordo, negado por Sarney, ele ficaria os próximos dois anos na presidência do Senado e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), os dois anos seguintes --numa forma de compensar Renan por ter sido afastado da presidência da Casa em 2007, em meio a uma série de denúncias.
Na nota, Sarney afirma que não fechou nenhum acordo de "compensação" para garantir a Renan o cargo de presidente do Senado. "O presidente José Sarney desmente a notícia e esclarece que não fez qualquer acordo no sentido descrito, desconhece sua existência, e jamais participou de conversa telefônica ou de reunião em que tal assunto tenha sequer sido levantado", diz a nota da assessoria de imprensa do Senado.
Sarney diz, ainda, que desmente qualquer versão sobre o acordo. "Não levantei o tema da próxima sucessão no Senado com qualquer pessoa do governo", afirma o senador.
O PMDB vai indicar Sarney para presidir o Senado por mais dois anos. O peemedebista é candidato único na Casa, já que os demais partidos decidiram respeitar o acordo de proporcionalidade das bancadas partidárias --pelo qual o partido com o maior número de senadores eleitos indica o candidato à presidência.
A eleição para o cargo ocorrerá no dia 1º de fevereiro, depois que os novos senadores forem empossados no cargo. A votação é secreta. Além do presidente, os senadores elegem os novos membros da Mesa Diretora do Senado. O PT, segunda maior bancada eleita, decidiu ficar com a primeira vice-presidência da Casa.
Os petistas estão divididos entre Marta Suplicy (PT-SP) e José Pimentel (PT-CE) para a primeira vice.
O PSDB, terceira maior bancada eleita, estuda ficar com a primeira-secretaria -cargo responsável pela administração do Senado. Os tucanos, porém, temem assumir a função com a permanência de Sarney na presidência depois dos escândalos de corrupção que atingiram a Casa no ano passado.
A bancada do PSDB reúne seus membros no dia 31 de janeiro para decidir o cargo a ser ocupado na Mesa Diretora.

Fonte: Folha de São Paulo

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