quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fórum Social Mundial no Senegal deve marcar a volta à cena política de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve voltar à cena política com o Fórum Social Mundial (FSM), que será realizado de 6 a 11 de fevereiro em Dacar, no Senegal. O Fórum sempre foi um espaço favorável ao petista e, para Lula, a escolha é oportuna, já que o ex-presidente tem afirmado que o foco de sua atuação internacional será o combate à miséria e à fome na África.
A presença do ex-presidente é tida como certa pelos organizadores do evento, mas a assessoria de Lula afirma que a viagem só será confirmada nesta quinta-feira. Na próxima semana, as entidades que compõem a coordenação do fórum devem se reunir para apresentar uma pauta de atividades ao ex-presidente.
Foi no primeiro Fórum Social Mundial, em 2001, em Porto Alegre, que Lula lançou sua primeira campanha vitoriosa à Presidência. Na 11ª edição do evento, o ex-presidente é esperado como a maior estrela da festa. Quando era presidente, Lula chegou a participar tanto do FSM quanto do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Os dois eventos ocorriam simultaneamente, já que o Fórum Social foi criado como um contraponto a Davos. Pela primeira vez, este ano o FSM será realizado depois de Davos, que acontece no final de janeiro.
- Não dá para entender o que se passa em Davos. Ficam todos como baratas tontas. Antes, era a celebração do neoliberalismo. Com a crise econômica, não defendem mais o neoliberalismo. Já nós discutíamos a crise quando eles (Davos) não falavam desse assunto - afirma Oded Grajew, um dos criadores do FSM, para quem o fórum ficou maior do que o "contraponto" ao neoliberalismo.
No dia 7, o evento será todo dedicado à África.
- É a segunda fez que fazemos o FSM na África. Os movimentos sociais da África são muito pulverizados e a ideia é apoiar esses movimentos a trabalharem em rede - explica Grajew, presidente emérito do Instituto Ethos.
Carvalho deve representar Dilma
Se o ex-presidente Lula pode ser a estrela da festa, a presidente Dilma Rousseff, por sua vez, não é esperada em Dacar. O chefe de gabinete de Dilma, Gilberto Carvalho, deverá representá-la. Segundo o Itamaraty, Dilma também não irá a Davos, sendo representada pelo chanceler Antonio Patriota. Por enquanto, na agenda da presidente para fevereiro, só o roteiro da América do Sul.
Outras duas ministras devem fazer parte da delegação do governo brasileiro. Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, e Luiza Bairros, da Igualdade Racial.
Fonte: O Globo

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