quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Promessa do governo no PR é elevar a marca

Na última campanha para o governo do estado a educação integral foi um tema que tomou espaço entre os candidatos. Beto Richa e Flávio Arns, governador e atual secretário de estado da Educação, respectivamente, anunciaram que os municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) teriam prioridade. Hoje 246 escolas estão inscritas no Mais Educação no Paraná. O novo governo promete elevar esta marca. A diretora do departamento de educação básica, Edinete de Souza, explica que a equipe está em um processo de construção da proposta, que deve entrar em vigor ainda este ano.

Na prática
Dois municípios no Paraná são a prova de que o ensino integral traz ganhos em todas as áreas. Em Porecatu, no Norte do estado, desde 2005, as crianças ficam durante todo o dia na sala de aula e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) pulou de 3,2 para 5,1. Apucarana, na Região Central, foi um dos municípios pioneiros no Brasil em educação integral. A cidade decidiu implantar a jornada ampliada por conta própria após a aprovação de uma lei municipal em 2001. No último Ideb, tirou 6, meta estabelecida pelo governo federal apenas para 2022.
Na capital, uma das escolas pré-selecionadas pelo MEC passa por um problema de infraestrutura, que pode prejudicar a implantação do Mais Educação. O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, no Tatuquara, sofre desde 2005 com a falta de um local adequado. Alunos e professores foram literalmente “despejados” para que a antiga sede fosse demolida e desse lugar a um novo espaço. A primeira construtora ganhadora da licitação abandonou a obra e o mesmo ocorreu com a segunda, que ainda executou irregularidades na parte estrutural. A atual empreiteira teve de demolir tudo e começar uma nova escola do zero.
Sem espaço, não há como implantar o ensino integral na escola, que hoje está em um prédio comercial adaptado. Nesse tempo todo, o diretor Manoel Pereira sofreu para manter os estudantes motivados para a aprendizagem. Agora, ele visita as obras toda as semanas e tem a expectativa de que até a metade deste ano a construção esteja pronta, oportunizando os meninos e meninas a passar o dia todo no local. “Esses anos foram tão complicados que nossa posição inicial era não aceitar o Mais Educação, mas percebemos que será um estímulo a mais para a comunidade escolar”, diz Pereira.
Fonte: Gazeta do Povo

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