terça-feira, 8 de março de 2011

Operação para proteger deputados contou com 200 policiais

A reação da nova direção da Assembleia ao poder exercido por um grupo de seguranças da Casa mobilizou um contingente de até 200 policiais militares para a “retomada” da instituição. A medida, que teve o aval do governador Beto Richa (PSDB), foi um dos maiores deslocamentos de policiais em ações da PM no estado.
Segundo Richa, a decisão de destacar tantos PMs atendeu a um pedido do presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB). O governador explicou que a presença permanente da PM não trará problemas para outras áreas que necessitem de patrulhamento. “Isso é praxe em órgãos públicos estaduais e municipais em outros estados. Temos todas as justificativas necessárias para a PM fazer a segurança na Assembleias”, disse.
Richa ainda disse não ver problema em destacar tantos policiais para fazer a segurança dos 54 deputados estaduais em um momento em que a própria PM reconhece não ter efetivo suficiente para atender à demanda da população.
O efetivo de 200 PMs que, durante a sessão plenária de ontem á tarde chegaram a estar na Assembleia, é três vezes maior do que, por exemplo, o número de policiais que estavam cedidos ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público Estadual, e que tiveram de retornar aos seus batalhões para o rescadastramento determinado pelo comando da PM.
Até o início da noite, porém, a maior parte do contingente havia deixado a sede do Legislativo. A partir de hoje, a previsão é de que 25 PMs continuem a fazer a segurança da Casa, em definitivo. Esse grupo deverá fazer parte de um “gabinete militar” permanente que fará a vigia 24 horas da Assembleia.
Rossoni afirmou ontem que a Assembleia irá ressarcir o governo com o valor correspondente ao salário dos policiais que ficarão de forma permanente na Casa. Ele ainda afirmou que a demissão dos seguranças internos irá diminuir os gastos em pagamento de pessoal da Casa.
Já a segurança patrimonial da Assembleia caberá a cerca de dez funcionários terceirizados de uma empresa contratada em caráter emergencial. Segundo Rossoni, posteriormente uma licitação será feita pela Casa para a contratação definitiva da empresa de vigilância.
Fonte: Gazeta do Povo
03/02

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