terça-feira, 8 de março de 2011

Acuado, líder dos seguranças mostra dossiê contra Rossoni

O presidente do Sindicato dos Servidores Legislativos (Sindilegis) e líder dos ex-seguranças da Assembleia, Edenilson Carlos Ferry, conhecido como Tôca, entregou ontem para a imprensa um “dossiê” com denúncias contra o novo presidente do Legislativo do Paraná, deputado Valdir Rossoni (PSDB). São 36 folhas em que estão listados supostos funcionários do gabinete parlamentar do tucano – desde 2000 até 2010 – que receberiam pagamentos irregulares.
Tôca acusa Rossoni de manter funcionários fantasmas no gabinete parlamentar e de pagar salários a alguns servidores acima do previsto em lei. Tôca garante que as informações foram repassadas por funcionários da Casa e que, se investigadas, serão comprovadas. Mas não apresentou qualquer comprovação de que a documentação é da Assembleia.
Tôca esteve no fim da tarde de ontem na sede do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público Estadual, para entregar o dossiê para o procurador Leonir Battisti. O Gaeco investiga as irregularidades mostradas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série Diários Secretos. “Qualquer investigação contra o presidente da Assembleia deve ser aberta e conduzida pelo procurador-geral de Justiça (Olympio de Sá Sotto Maior) por causa do foro”, explicou o procurador por telefone. O presidente do Sindilegis ficou de se reunir com Olympio nos próximos dias para apresentar a documentação.
As denúncias contra Rossoni são uma reação à ocupação da Assembleia pelos policiais militares a partir da madrugada de ontem. Os seguranças que faziam a guarda da sede do Legislativo foram retirados dos postos de trabalho por determinação do novo presidente da Casa – com anuência do governador Beto Richa (PSDB). Tôca, que esteve na sede da Assembleia durante a ocupação da PM, na madrugada, falou em ditadura e chegou a chamar Rossoni de Hitler. “Isso que estamos vivendo aqui é um absurdo. Uma afronta aos funcionários desta Casa.”
A ocupação foi mais uma batalha da guerra travada entre Tôca e Rossoni desde que o tucano foi eleito presidente da Assembleia e anunciou uma série de mudanças na Casa. Quando todos os funcionários comissionados da Assembleia foram exonerados pela antiga gestão do Legislativo, na última segunda-feira, para cumprir à legislação federal, Tôca teria exigido de Rossoni a garantia de que os seguranças seriam recontratados – o que não aconteceu. Segundo Rossoni, antes da eleição para a presidência da Casa, alguns seguranças o teriam ameaçado, inclusive mostrando armas – o que foi negado por Tôca.
Fonte: Gazeta do Povo
03/02

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