Novo diretor de Relações com Investidores da Sanepar, Ezequias Moreira Rodrigues, nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB), responde a dois processos movidos pelo Ministério Público (MP): um por peculato (desvio de recursos públicos) e outro por improbidade administrativa.
Os processos se referem à época em que Ezequias era chefe de gabinete de Beto na prefeitura de Curitiba. Ele foi exonerado desse cargo em 2007, quando estourou o escândalo da sogra fantasma. A sogra de Ezequias, Verônica Durau, mesmo sem nunca ter trabalhado na Assembleia Legislativa do Paraná, recebeu salários da Casa entre os anos de 1996 e 2007. Os vencimentos caíam numa conta bancária do genro, que é acusado pelo MP de ter ficado com o dinheiro (R$ 539,4 mil em valores atualizados).
Após a exoneração da prefeitura, Ezequias passou a trabalhar na Câmara de Vereadores de Curitiba, nomeado pelo presidente da Casa, o vereador tucano João Cláudio Derosso (PSDB). E, mesmo tendo devolvido aos cofres públicos os valores desviados, foi denunciado pelo Ministério Público tanto na esfera cível quanto na criminal.
Ambos os processos continuam tramitando na Justiça paranaense.
Caso o juiz da Fazenda Pública acate a denúncia e se comprove a improbidade administrativa, a legislação brasileira impõe como sanções a devolução ao erário dos valores mal utilizados (o que já foi feito), perda do cargo público, multa de até cem vezes o valor desviado e a suspensão dos direitos políticos do acusado.
Já na esfera criminal, o MP apresentou denúncia de peculato. A pena para esse crime varia de 2 a 12 anos de prisão.
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