domingo, 9 de janeiro de 2011

Ezequias Moreira Rodrigues, novo cargo, velhos processos

Novo diretor de Relações com Investidores da Sanepar, Ezequias Moreira Rodrigues, nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB), responde a dois processos movidos pelo Ministério Público (MP): um por peculato (desvio de recursos públicos) e outro por improbidade administrativa.

Os processos se referem à época em que Ezequias era chefe de gabinete de Beto na prefeitura de Curitiba. Ele foi exonerado desse cargo em 2007, quando estourou o escândalo da sogra fantasma. A sogra de Ezequias, Verônica Durau, mesmo sem nunca ter trabalhado na Assembleia Legislativa do Paraná, recebeu salários da Casa entre os anos de 1996 e 2007. Os vencimentos caíam numa conta bancária do genro, que é acusado pelo MP de ter ficado com o dinheiro (R$ 539,4 mil em valores atualizados).
Após a exoneração da prefeitura, Ezequias passou a trabalhar na Câmara de Verea­­dores de Curitiba, nomeado pelo presidente da Casa, o vereador tucano João Cláudio De­­­rosso (PSDB). E, mesmo tendo devolvido aos cofres públicos os valores desviados, foi de­­nunciado pelo Ministério Pú­­blico tanto na esfera cível quan­­to na criminal.

Ambos os processos continuam tramitando na Justiça paranaense.
Caso o juiz da Fazenda Pública acate a denúncia e se comprove a improbidade administrativa, a legislação brasileira impõe como sanções a devolução ao erário dos valores mal utilizados (o que já foi feito), perda do cargo público, multa de até cem vezes o valor desviado e a suspensão dos direitos políticos do acusado.
Já na esfera criminal, o MP apresentou denúncia de peculato. A pena para esse crime varia de 2 a 12 anos de prisão.

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