domingo, 9 de janeiro de 2011

Beto defende suas nomeações

Governador citou a Bíblia para dizer por que nomeou pivô do escândalo da sogra fantasma para a Sanepar. Ele ainda defendeu a contratação do filho de Justus, que é investigado pelo MP

O governador Beto Richa (PSDB) defendeu na última sexta-feira (07) publicamente duas escolhas polêmicas para compor o governo estadual: a de Ezequias Moreira Rodrigues (novo diretor de Relações com Investi­­­­dores da Sanepar) e do advogado Nelson Cordeiro Justus (novo diretor de Relações Institucionais e Comunitárias da Companhia de Habitação do Paraná, Cohapar). Richa disse que ambos têm competência para atuar nas funções. E, ao defender a nomeação de Ezequias, fez uma referência bíblica dizendo que perdoa o pecador, mas não o pecado – numa declaração de que será intransigente com a corrupção, mas que está disposto a aceitar pessoas envolvidas em escândalos que tenham pagado pelos “erros”.

“Ele [Ezequias] reconheceu o erro e pagou a conta dele. Nesses casos, sempre me refiro a uma citação bíblica que fala de ‘perdoar o pecador e não o pecado’”, disse Richa. “Ele é funcionário de carreira da Sanepar, competente e não foi condenado ainda. Então, não serei eu a fazer um juízo de valor.”

Já Nelson Cordeiro Justus é investigado pelo MP por improbidade administrativa. Até abril do ano passado, ele era presidente da BLL, uma bolsa de licitações e leilões que atuava em até 20 prefeituras do Paraná e que movimentou ao menos R$ 40 milhões na organização de pregões eletrônicos para a compra de produtos entre 2008 e 2010. Pelo menos duas das licitações patrocinadas pela BLL estão sendo investigadas pelo MP sob suspeita de improbidade administrativa dos prefeitos envolvidos.

“Fiquei sabendo pelos jornais que ele está sendo investigado. Não há nada comprovado contra ele, que também é um funcionário competente”, argumentou Richa. “Na minha administração, serei intransigente com a corrupção. Se houver algum indício de ilegalidade, irei apurar e os culpados serão punidos com a lei.”

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